O Sofrimento e o Triunfo do
Servo de Deus
Is.
52:13-53:12
Introdução:
A. O texto que temos diante
de nós, apresenta com nitidez impressionante a narrativa do sofrimento e do
triunfo do Filho de Deus.
B. Embora tenha vivido,
cerca de oito séculos antes de Cristo, o profeto Isaías fez um relato tão
preciso dos acontecimentos relacionados à morte e a ressurreição de Jesus
Cristo, como se fora uma testemunha ocular dos fatos.
C. Neste texto, é possível
ver o sofrimento e o triunfo de Jesus, que aqui é chamado de servo, do ponto de
vista do homem e do ponto de vista de Deus.
I. O Servo visto
pelos homens – Rejeitado e desprezado - Vs. 1-3:
A.
Ele
era o foco principal de uma mensagem aparentemente absurda demais para ser
aceita – V. 1 - Quem creu em nossa
pregação? E a quem foi revelado o braço do SENHOR?
1)
O
apóstolo destaca o parecer dos homens em relação a mensagem da cruz:
1.
Para
os judeus era um escândalo – 1 Cor. 1:23a.
- Mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus.
2. Para os gentios era uma
loucura – 1 Cor. 1:23b. - Loucura para os
gentios;
2) E para nós, o que esta
mensagem representa? Ainda hoje as palavras do profeta fazem sentido – V. 1a. - Quem creu em nossa pregação?
B.
Ele
não possuía nenhum atrativo – V. 2 -
Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não
tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos
agradasse.
1)
A
figura empregada aqui é a de um frágil broto que sai de um toco de árvore – V. 2a. - Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra
seca; não tinha aparência nem formosura.
2)
Por
isso, os homens não viram nada n’Ele que os agradassem – V. 2b. - Olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse.
C.
Assim,
os homens preferiram não acreditar que Ele fosse o Filho de Deus - V. 3 - Era desprezado e o mais rejeitado
entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem
os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso.
1)
Notem
isso:
1.
Ele
foi rejeitado – V. 3a. - Era desprezado e
o mais rejeitado entre os homens.
2.
Ele
foi submetido a grandes sofrimentos – V.
3b. - Homem de dores e que sabe o que é padecer.
3.
Os
homens preferiram ignorá-lo – V. 3c. - E,
como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos
caso.
2)
Prova
de que os homens preferiram não acreditar que Jesus era o Filho de Deus: Ainda
hoje, os judeus estão esperando a vinda do Messias.
II. O Servo visto por Deus –
Seria o Redentor vicário - Vs. 4-6:
A. Ele é o Redentor vicário
– V. 4 - Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores
levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.
1)
O
significado da palavra Vicário:
1.
Àquele
que faz as vezes do outro.
2.
Àquele
que assume o lugar do outro.
3.
Àquele
que recebe a punição pelos pecados cometidos por outras pessoas.
2)
Pedro
descreve assim o ato vicário de Jesus – 1
Pe. 3:18 - Porque também Cristo padeceu uma vez
pelos pecados, o justo pelos injustos.
B. Ele sofreu em nosso lugar
– V. 5 - Mas ele foi traspassado
pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos
traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
1)
Traspassado
– Significa: Furado.
2)
Moído
– Significa: Totalmente esmagado.
3)
O
castigo que nos traz a paz – Significa: O castigo que nos proporcionou a Deus –
Jo. 14:27
- Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se
turbe o vosso coração, nem se atemorize.
C. Ele levou sobre si, a
punição dos nossos pecados - V. 6 - Todos
nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o
SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.
III. Os sofrimentos do
Servo visto pelos homens – Os seus sofrimentos seriam uma trágica infelicidade,
um grande fracasso - Vs. 7-9:
A. Ele não abriu a sua boca
para se defender – V. 7 - Ele foi
oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao
matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a
boca.
1)
Jesus
não abriu a sua boca para se defender perante:
1.
Caifás.
2.
Herodes.
3.
E
Pilatos.
2) Isso causou admiração de
Pilatos – Mt. 27:12-14 – 12 E, sendo acusado pelos príncipes dos sacerdotes e
pelos anciãos, nada respondeu. 13
Disse-lhe então Pilatos: Não ouves quanto testificam contra ti? 14 E nem uma palavra lhe respondeu, de sorte que o
presidente estava muito maravilhado.
B.
Ele
foi condenado à morte por ato judicial – V. 8 -
Por juízo opressor foi arrebatado, e de sua linhagem, quem dela cogitou?
Porquanto foi cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu
povo, foi ele ferido.
C.
Ele
foi morto ente dois bandidos e sepultado na sepultura de um homem rico – V. 9 - Designaram-lhe a sepultura com
os perversos, mas com o rico esteve na sua morte, posto que nunca fez
injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca.
1)
O
Evangelho de Lucas narra a morte de Cristo entre dois malfeitores – Lc. 23:33 - E,
quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram, e aos
malfeitores, um à direita e outro à esquerda.
2)
Mateus
narra o seu sepultamento, na sepultura de um homem rico, chamado José de
Arimateia – Mt. 27:57-60 – 57 E, vinda já a tarde, chegou um homem rico, de
Arimatéia, por nome José, que também era discípulo de Jesus. 58 Este foi ter com Pilatos, e pediu-lhe o corpo de
Jesus. Então Pilatos mandou que o corpo lhe fosse dado.
59 E José, tomando o corpo, envolveu-o num fino e limpo lençol,
60 E o pôs no seu sepulcro novo, que havia aberto em rocha, e, rodando uma grande pedra para a porta do sepulcro, retirou-se.
59 E José, tomando o corpo, envolveu-o num fino e limpo lençol,
60 E o pôs no seu sepulcro novo, que havia aberto em rocha, e, rodando uma grande pedra para a porta do sepulcro, retirou-se.
IV. Os sofrimentos do Servo
vistos por Deus – A redenção dos pecadores e o seu triunfo sobre a morte - Vs.
10-12:
A.
A
morte de Cristo não foi um incidente, mas ele foi entregue, como oferta pelos
nossos pecados – V. 10 - Todavia, ao
SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como
oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a
vontade do SENHOR prosperará nas suas mãos.
1)
A
Bíblia mostra como o sofrimento e a morte de Jesus fazem parte do desígnio de
Deus para salvar a humanidade.
2)
Pedro
disse – Atos 2:23 - A este que vos foi entregue pelo determinado conselho
e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de
injustos.
B.
Pela
sua morte, o Servo trouxe a justificação aos homens – V. 11 - Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e
ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a
muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si.
C.
Ele
venceu a morte e se tornou o Salvador do mundo – V. 12 - Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com
os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte;
foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e
pelos transgressores intercedeu.
D. Três momentos da obra de
Cristo:
1) Na cruz do Calvário – Jo. 19:30 - E,
quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça,
entregou o espírito.
2)
O
túmulo vazio – Mt. 28:6 - Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como havia
dito. Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia.
3)
Assentado
à destra de Deus, salvando e intercedendo –
Rm. 8:34 - Quem é que condena? Pois é Cristo
quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita
de Deus, e também intercede por nós.
Conclusão:
A. O sofrimento de Jesus foi indescritível,
mas a sua vitória foi colossal.
B. Ele é o Filho de Deus que se fez homem e
servo e que sofreu, morreu e ressuscitou para ser o Salvador do mundo.
C. Is. 52:13-15 – Diz - 13 Eis que o meu Servo procederá com prudência; será exaltado e elevado
e será mui sublime. 14 Como pasmaram muitos à vista dele (pois o seu
aspecto estava mui desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a sua
aparência, mais do que a dos outros filhos dos homens), 15 assim causará
admiração às nações, e os reis fecharão a sua boca por causa dele; porque
aquilo que não lhes foi anunciado verão, e aquilo que não ouviram entenderão.
Pr.
Hiramar Paiva, sábado, 26 de março de 2016.