HOMILÉTICA

LIÇÕES BÁSICAS DE HOMILÉTICA – 20/01/11
Efésios 4:29  - Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem.
INTRODUÇÃO:
A.  DEFINIÇÃO DE ALGUNS TERMOS:
1)  HOMILÉTICA – É a ciência ou a arte de elaborar e expor o sermão. É a arte de pregar.
2)  ORATÓRIA – Arte de falar ao público.
3)  ELOQUÊNCIA -  Elegância no falar, Falar bem, ou seja, garantir o sucesso de sua comunicação, capacidade de convencer.
4)  HERMENÊUTICA – È a arte de interpretar
5)  EXEGESE – Comentário ou dissertação para esclarecimento ou minuciosa interpretação de um texto ou de uma palavra.
6)  PREGAR: Anunciar; ensinar sob forma de doutrina; aconselhar; inculcar; fazer sermões.
7)  PREGAÇÃO - Pregação é o ato pelo qual se expõe uma idéia.
8)  SERMÃO - Sermão é um discurso de caráter religioso.
9)  PÚLPITO: Tribuna de onde pregam os sacerdotes.

B.  QUATRO CARACTERÍSTICAS DA VERDADEIRA PREGAÇÃO:
1)  BÍBLICA – A palavra de Deus é a fonte de conhecimento do pregador.
2)  CRISTOCÊNTRICA - “A natureza nos forma, a ciência nos informa , mas, somente a Bíblia através de Cristo nos transforma”.
3)    DEPENDENTE DO ESPÍRITO - Tanto no preparo como na apresentação.
4)    ISENTA DO EU - A habilidade impressiona, mas, não transforma.
I. PRIMEIRA PARTE – OS TIPOS DE SERMÕES:
A.  SÃO TÉCNICAS DE EXPLANAÇÃO E DIVISÃO DO TEXTO USADO PARA CONFECCIONAR A MENSAGEM A SER PREGADA:
B.  SÃO CINCO OS TIPOS DE SERMÕES:
1)    SERMÃO TEMÁTICO
2)    SERMÃO TEXTUAL
3)    SERMÃO EXPOSITIVO
4)    SERMÃO BIOGRÁFICO
5)    SERMÃO TESTEMUNHO PESSOAL
C. DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DE CADA TIPO DE SERMÃO:
1)    SERMÃO TEMÁTICO:
1.    DEFINIÇÃO - É AQUELE CUJAS DIVISÕES PRINCIPAIS DERIVAM DO TEMA, E NÃO DIRETAMENTE DO TEXTO BÍBLICO.
2.  DINÂMICA DE PREPARO:
A)   PARTE DE UM TEMA, ISTO É, ESCOLHE-SE PRIMEIRAMENTE UM TEMA OU ASSUNTO RELACIONADO Á BÍBLIA SAGRADA.
B)   PROCURA-SE NA BÍBLIA O CONTEÚDO QUE FORMARÃO OS PONTOS E SUBPONTOS DO SERMÃO.
C)  A ESCOLHA DOS PONTOS E SUBPONTOS DEVEM SER BASEADAS NO TEMA ESCOLHIDO.
D)  CADA DIVISÃO DEVE SER BASEADA NUMA REFERÊNCIA BÍBLICA.
E)   AS REFERÊNCIAS DEVEM SER MAIS OU MENOS DISTANTES UMA DAS OUTRAS.
3.    EXEMPLOS:
CINCO PRINCÍPIOS DE OURO PARA TERMOS UM ANO ABENÇOADO

I. PRIORIZAR OS VALORES ESPIRITUAIS - Mat. 6:33 - Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.

II. RESERVAR TEMPO DIARIAMENTE PARA LER A BÍBLIA E ORAR:
1)    João 5:39 - Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim.
2)    Colossenses 4:2 - Perseverai na oração, vigiando com ações de graças.

III. CONSIDERAR AS PROVAÇÕES NÃO COMO UMA MALDIÇÃO DIABÓLICA, MAS COMO UMA BÊNÇÃO DIVINA – Tiago 1:2-3 - Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança.

IV. APRENDER A VIVER PELA FÉ - Rom. 1:17 -  Mas o justo viverá da fé.

V. MANTER OS OLHOS EM CRISTO - Hebreus 12:2 - Olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.

A SALVAÇÃO DAS NOSSAS ALMAS
I. É DIVINA – Jonas 2:9b. - Ao SENHOR pertence a salvação!
II. É GRATUITA – Romanos 6:23b. -  Mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.
III. É GRANDE - Hebreus 2:3 - Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram;
IV. É ETERNA – 1 João 5:13 -  Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus.
V. É UNICAMENTE POR MEIO DE JESUS CRISTO - João 6:47 - Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna.

O QUE O PECADO FAZ COM O HOMEM
I. ESCRAVIZA-O -  João 8:34 - Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado.
II. MATA-O - Romanos 6:23a. - Porque o salário do pecado é a morte.
III. SEPARA-O DE DEUS – Isaías 59:2 - Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça.
IV. CONDENA-O AO INFERNO - Mateus 7:23 - Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade.
4.    VANTAGENS DO SERMÃO TEMÁTICO:
a)  É mais fácil de dividir um tema do que um texto, visto que este é mais complexo.
b)  Conserva melhor a unidade.
c)  Permite ao pregador discutir qualquer assunto que julgue necessário, seja: moral, evangelístico, doutrinário, ocasional, etc.
d)  E uma excelente oportunidade para o aperfeiçoamento retórico do discurso.
e)  Agrada muito as pessoas intelectuais, por seu apelo ao raciocínio, à lógica e à razão.
f)    Evidencia a unidade e harmonia da Bíblia sagrada.

5.    DESVANTAGENS DO SERMÃO TEMÁTICO:
a)  Pode conduzir à negligência da Palavra de Deus. Usa-se o texto como mero pretexto, sem se importar com uma exegese completa e exata.
b)  Não cultiva no povo o desejo de estudar a Palavra de Deus.
c)  O ouvinte tem sua atenção despertada para o pregador, em detrimento da Palavra de Deus.
d)  Encoraja o secularismo, e pode ficar muito na filosofia, na criação intelectual, satisfazendo apenas o ego humano.
e)  Não alimenta o povo com a Palavra de Deus, exceto se internamente estiver recheado pelas Escrituras.
f)    Pode afastar o pregador das Escrituras, fixando-o em temas seculares.

2)    SERMÃO TEXTUAL:
1.    DEFINIÇÃO - O sermão textual é aquele cujas divisões principais derivam de um texto bíblico, constituído de uma porção mais ou menos breve das Escrituras. O tema é extraído do próprio texto, e por isso o esboço das divisões deve manter-se estritamente dentro dos limites do texto. 
2.    DINÂMICA DE PREPARO:
A)   PARTE DE UM TEXTO BREVO, UM DOIS OU TRÊS VERSÍCULOS.
B)   DESCOBRE-SE A IDÉIA CENTRAL.
C)  COLHEM-SE DO TEXTO OS PONTOS PRINCIPAIS DO SERMÃO.
D)  OS SUBPONTOS PODEM VIR DE OUTROS TEXTOS.
3.    TIPOS DE SERMÕES TEXTUAIS:
A) Textual Fraseológico: As divisões correspondem exatamente às próprias frases do texto.
Exemplo:
a)Tema: "O homem Feliz". Ref.: Salmo 1:1.
 

I.      Não anda no conselho dos ímpios.
II.          Não se detém no caminho dos pecadores.
III.        Nem se assenta na roda dos escarnecedores.
B) Textual Tópico: As divisões correspondem às frases textuais, mas não são expressas nas palavras do texto. Utiliza-se as mesmas divisões do texto, mas com outras palavras e termos correspondentes.
Exemplo:

Tema: Um Carteiro Especial. Ref.: Apoc. 3:20.
        I. Ele quer entrar – 20a. - Eis que estou à porta e bato.
II. Ele está chamando – 20b. - Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta.
III. Ele entra em sua vida – 20c. - Entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.

C) Dedutivo (ou por inferência): A partir do texto lido, tiram-se conclusões, deduções.

Exemplos:

a) Tema: “Porque Jesus não Lançaria fora nenhuma Pessoa?”.". Ref.:Jo. 6:37 - João 6:37 - Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.

I Não seria de acordo com a sua promessa:
II Seria abandonar a obra que começou:
III Seria fugir do Plano do Pai:



b). Tema: "Como Procurar a Cristo". Ref.: Jer. 29:13 - Jeremias 29:13  Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração.

I Não Procurar com Palavras:
II Não Procurar com Gestos:
III Não Procurar com a Aparência.

Conclusão: Procurar com o Coração Sincero.
EXEMPLOS:
O PROPÓSITO DO CORAÇÃO DE ESDRAS
Texto - Esdras 7:10 - Porque Esdras tinha disposto o coração para buscar a Lei do SENHOR, e para a cumprir, e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos.
I. ESTAVA DISPOSTO A CONHECER A PALAVRA DE DEUS – V. 10a. - Porque Esdras tinha disposto o coração para buscar a Lei do SENHOR.
II. ESTAVA DISPOSTO A OBEDECER A PALAVRA DE DEUS – V. 10b. - E para a cumprir.
III. ESTAVA DISPOSTO A ENSINAR A PALAVRA DE DEUS – V. 10c. - E para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos.

TRÊS ATITUDES DE CRISTO PARA COM O MUNDO PECADOR
Marcos 6:34 - Ao desembarcar, viu Jesus uma grande multidão e compadeceu-se deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor. E passou a ensinar-lhes muitas coisas.
I. VISÃO “E Jesus, saindo, viu uma grande multidão... eram como... eram como ovelhas que não têm pastor”.
II. COMPAIXÃO – “Compadeceu-se deles”.
III. E AÇÃO - “E passou a ensinar-lhes muitas coisas”.

CONDIÇÕES ESSENCIAIS PARA SER DISCÍPULO DE JESUS CRISTO.
Mat. 16: 24  -  Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me.

I. Primeira Condição – Auto Negação -  “Negue-se a si mesmo”- Mt. 16:24a.
II. A Segunda Condição – Auto-Sacrifício – “Tome a sua cruz”. - Mt. 16:24b.
III. Terceira Condição – É Necessário Seguir A  Cristo – “Siga-me”- Mt. 16:24c.


VERDADES FUNDAMENTAIS SOBRE MISSÕES
Atos 1:8 - Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.
I. Todos São Capacitados -"Mas recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo".
II. Todos São Enviados - "E sereis minhas testemunhas":
III. Todos Devem Ouvir - "Tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins do mundo"

4. VANTAGENS DO SERMÃO TEXTUAL:
A) As próprias palavras das escrituras são levadas ao conhecimento do povo.
B) Um texto curto é mais facilmente lembrado.
C) Torna a pregação mais variada.
5. DESVANTAGENS DO SERMÃO TEXTUAL:
A)   A unidade da Bíblia não se torna tão aparente.
B)   O uso constante deste tipo de sermão se torna enfadonho para os ouvintes.
3)    SERMÃO EXPOSITIVO:
1.  DEFINIÇÃO:
A) É aquele cujas divisões principais e secundárias se derivam do texto, e consistem em idéias progressivas que giram em torno de uma idéia principal.
B) No sermão expositivo, assim como no sermão o textual, o tema gira em torno de um texto, mas na mensagem expositiva, o tema é extraído de um texto mais longo.
C) Por isso mesmo, os vários versículos de uma passagem que dão origem ao tema único do sermão, devem ser uma unidade expositiva.
D) O sermão expositivo se baseia em uma porção extensa das Escrituras.
E) Pode ser alguns versículos ou um capítulo inteiro, ou até mesmo um livro. 
F)  Embora seja o mais difícil e trabalhoso, quanto a seu preparo e apresentação, é o sermão por excelência.
2.  DIFERENÇA ENTRE SERMÃO EXPOSITIVO E TEXTUAL:
A) No sermão textual as divisões principais oriundas do texto são usadas como uma linha de sugestão, isto é, indicam a tendência do pensamento a ser seguido no sermão, permitindo ao pregador, extrair as subdivisões de qualquer parte das Escrituras.
B) Já no sermão expositivo o pregador é forçado a extrair todas as subdivisões e, é claro, as divisões principais, da própria passagem que pretende explicar ou expor.
3.  CARACTERÍSTICAS DO SERMÃO EXPOSITIVO:
A)   Não e um mero comentário de textos bíblicos e, sim, uma análise pormenorizada e lógica do texto sagrado.
B)   Possibilita melhor a exposição continua de um livro bíblico inteiro ou de uma doutrina.
C)  E de grande valor para o desenvolvimento do poder espiritual e da cultura teológica do pregador e de sua congregação.
D)  Conduz a uma interpretação mais natural das escrituras do que a alegórica.
E)   E o método mais difícil, apreciado pelos que se dedicam a leitura e ao estudo diário e constante da bíblia.
4.  TIPOS DE SERMÕES EXPOSITIVOS:
A)   Analítico: Analisa o texto versículo por versículo. E o sermão narrativo ou interpretativo do texto lido.
B)   Sintético: E uma síntese de todo o texto ou livro.
5.  DINÂMICA DE PREPARO:
A) Escolhe-se um texto, que pode ser um grupo de versículos, um capítulo ou até um livro inteiro.
B) Descobre-se a idéia ou o assunto central.
C) Colhem-se tanto os pontos principais como os subpontos do texto escolhido.
6.  VANTAGENS DO SERMÃO EXPOSITIVO:
A) Suprema ênfase é dada à palavra de Deus.
B) Favorece a discussão de certos assuntos que de outra forma, seriam negligenciados.
C) Proporciona suficiente material para o pregador pelo resto da sua vida.
7.  DESAVANTAGEM – Poderá se tornar enfadonho ao auditório.
8.  DIFERENÇAS ENTRE O SERMÃO TEXTUAL E EXPOSITIVO:
A) O sermão expositivo utiliza um texto mais longo, podendo ser até um livro inteiro, já o sermão textual faz uso de uma porção bem menor, um, dois ou três versículos.
B) O sermão expositivo obriga o pregador a tirar os pontos principais e secundários do texto escolhido, ao passo que no sermão textual, os pontos secundários poderão vir de outros textos.
C) O sermão expositivo é mais difícil de ser preparado e mais difícil de ser apresentado.
9.  EXEMPLOS:
TEMA: A BOA LUTA DA FÉ:
Texto: Ef. 6:10-18.
I. A MORAL DO CRENTE – VS. 10-14a.
A.   DEVE SER ELEVADA – V. 10.
B.   DEVE SER FIRME – VS. 11-14a.
II. A ARMADURA DO CRENTE – VS. 14-17.
A.   DEVE TER CARÁTER DEFENSIVO – VS. 14-17a.
B.   DEVE TER CARÁTER OFENSIVO – V. 17b.
III. A VIDA DE ORAÇÃO DO CRENTE – V. 18:
A.   DEVE SER PERSISTENTE.
B.   DEVE SER INTECESSORA.

TEMA: "A VISÃO DE UM JOVEM"
TEXTO: ISAIAS 6:1-8.
I. A VISÃO QUE UM JOVEM TEM DE DEUS – VS. 1-4:
II. A VISÃO QUE UM JOVEM TEM DO PECADO – V. 5:
III. A VISÃO QUE UM JOVEM TEM DA PURIFICAÇÃO – VS. 6-7:
IV. A VISÃO QUE UM JOVEM TEM DO SERVIÇO – V. 8:

TEMA: CONVICÇÕES DE ISAIAS
TEXTO:  ISAIAS 6:1-8.
I.                   CONVICÇÃO DOS SEUS PRÓPRIOS PECADO – V. 5a. - Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros.
II.                 CONVICÇÃO DOS PECADOS DO SEU POVO – V. 5b. – E habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos!
III.              CONVICÇÃO DO SEU CHAMADO – V. 8 - Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim.



AS PARTES QUE COMPOÊM UM SERMÃO
1)  TEMA OU TÍTULO:
1.  DEFINIÇÃO: É uma afirmação concisa da verdade principal que o pregador quer ensinar.
2.  TIPOS DE TEMAS OU TÍTULOS:
a)  IMPERATIVO - Quando sugere uma ordem - Ide - Marcos 16:15.
b)  INTERROGATIVO - Quando sugere uma pergunta - Que farei de Jesus? Mt.27:22.
c)  LÓGICO – Quando se expressa um pensamento completo – O novo nascimento é essencial à entrada no reino de Deus.
d)  RETÓRICO Quando se utiliza um pensamento que não é completo – o novo nascimento, a fé, o amor, a igreja, o céu, o inferno.
2)  TEXTO – Evidentemente, um texto da Bíblia Sagrada.
1.    COMO ESCOLHER UM TEXTO:
a)    Em primeiro lugar, orar.
b)    Um texto que lhe chamou a atenção ou falou ao coração.
c)    É imprescindível a escolha de um texto que se relacione com o tema do sermão.
d)    Não escolha textos apenas do Velho Testamento.
e)    Vejamos o tipo de textos que devemos evitar:
a.    Textos longos -  Cansam os ouvintes. ( Salmo 119 )
b.    Textos obscuros  - Causam polêmicas no auditório. ( I Cor. 11:10 – O véu)
c.     Textos difíceis - Os ouvintes não entendem. ( Ef. 1:3 Predestinação )
d.    Textos duvidosos  -  E Deus não ouve pecadores" ( João 9:31 )
e.    Textos que estão na bíblicas, mas que as palavras não foram inspiradas   - As palavras da esposa de Jó - Jó 2:9 - Então, sua mulher lhe disse: Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre.
f.       Textos que fora do contexto, perdem o seu real significado – Exemplo - Mateus 24:13 - Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo.
2.    POR QUE O TEXTO É IMPORTANTE?
a)    O texto será a base das verdades expostas.
b)    O texto chama a atenção dos ouvintes.
c)    O texto desperta o interesse em conhecer a Palavra de Deus.
d)    O texto ajuda na exposição do sermão.
e)    O texto facilita ao ouvinte entender o assunto exposto
3)  INTRODUÇÃO:
1.  É parte do sermão que prepara o povo para apresentação das verdades que se pretende ensinar.
2.  O ideal é que a introdução seja algo que prenda logo a atenção dos ouvintes, despertando-lhes o interesse para o restante da mensagem.
3.  Pode até começar com uma ilustração, um relato interessante, porém sempre ligado ao tema do sermão.
4.  Outro recurso muito bom é a utilização de uma pergunta para o auditório, cuja resposta será dada pelo pregador durante a mensagem.
a)    Vocês sabem o que é amor?
b)    Vocês sabem por que devemos amar?
c)    Vocês sabem quem foi a pessoa que mais amou?
5.  Se for uma pergunta interessante, poderá garantir a atenção do povo até o final do sermão.
6.  È chamada os cinco minutos cruciais, pois neste momento ganhe-se ou perde-se a atenção das pessoas.
7.  A introdução produz a primeira impressão aos ouvintes e esta deve ser criativa.
8.  Deve ser breve. Não é aconselhável ultrapassar os cinco minutos.
9.  Nunca (em hipótese alguma) dizer que não está preparado ou foi surpreendido.
10.             Neste momento o pregador vai se familiarizar com o auditório, cuidado especial teve ser tomado quanto ao entusiasmo, pois o povo pode ainda estar frio.
11.             Pode conter: o anúncio do tema, pontos principais da mensagem, a definição do tema: Santidade, Igreja, fé.
12.             Opções para uma introdução:   
a)    Anunciar o tema.
b)    Definir o tema: Santidade.
c)    Narrar um fato apropriado  (A  mente humana capta melhor fatos).
d)    Contar uma história.
13.                     Características de uma boa Introdução:
a)    Esmero:  (cuidado especial, capricho). “Os 5 primeiros minutos definem a batalha”.
b)    Atraente: Para chamar a atenção das pessoas.
c)    Modesta: Não prometer mais do que se dará.
d)    Brevidade:  “Tanto tempo pondo à mesa que o apetite se foi” (e o pior, alimento pobre).
e)    Reverência: Sensacionalismo e excesso de humor.
4)  DISCUSSÃO OU CORPO:
1.    É a parte do sermão que apresenta a verdade contida no texto e/ou no tema.
2.    É, portanto, a essência e a parte mais importante do sermão.
3.    É necessário que seja dividido em pontos para manter o pregador dentro dos limites do seu tema, auxiliar o auditório a entender a lógica de pensamento do pregador e ajudar à memorização das verdades apresentadas.
4.    Regras para a divisão da discussão:
a)    Deve ser distinta uma das outras.
b)    Deve possuir: ordem, movimento e progresso.
c)    Deve ser crescente (pode ser por ordem de importância ou cronológica; apresentar primeiro o negativo e depois o positivo)
d)    Deve fornecer uma exposição completa do texto e do tema.
e)    Deve ser natural e não forçada.
f)       Não deve ser numerosa demais.
5.    Meios citar as divisões:
a)    O Lógico – Uma série de frases que apresentam um sentido completo – A Fé é necessária para se alcançar a salvação.
b)    O Retórico – Uma série de frases que não apresentam um sentido completo – A Fé é Necessária.
c)    O Interrogativo – Uma série de perguntas que serão respondidas na discussão do ponto – Por que a fé é necessária para a salvação?
5)  AS TRANSIÇÕES:
1.    É o elemento preparatório para se passar de uma divisão para outra, de um assunto para outro; de uma maneira suava e natural.
2.    O ouvinte não tem diante de si, um esboço do sermão para segui-lo, e seu único meio de acompanhar a seqüência da mensagem é o pensamento do pregador e suas próprias palavras.
3.    A transição deve ser feita de modo a permitir a passagem suave e fácil de idéias de uma parte para outra parte do sermão.
4.    A transição pode ser feita com uma palavra, ou uma sentença breve, ou o anúncio da próxima, divisão: Ex.: Agora, por conseguinte, novamente, ademais, vejamos o ponto seguinte, ou enumerando as divisões, como: primeiro, segundo, terceiro..., etc.
5.    A transição também pode ser caracterizada pela mudança do tom de voz, gestos com as mãos, respiração, silenciando-se, etc.
6)  CONCLUSÃO:
1.    Os grandes oradores gregos e romanos davam especial atenção as suas pregações, parecendo sentir que a Conclusão era a batalha final que decidiria a guerra e, assim, reuniam todas as suas forças para um esforço supremo.
2.    A conclusão e sem dúvida, o clímax do todo o sermão.
3.    Se não for bem executada, pode enfraquecer ou até mesmo destruir as partes anteriores da mensagem.
4.    Alguns pregadores se esquecem da importância da conclusão e, como resultado, seus sermões fracassam no ponto crucial.
5.    Em vez de concentrarem o material num ponto (foco) de calor e poder, permitem que a corrente de pensamento no final se dissipe em observações fracas, vagas ou sem importância.
6.    Características gerais da Conclusão:
a)    Retórica, psicológica e espiritualmente a Conclusão é, a parte mais vital do sermão.
b)    Não é a parte que se adiciona ao sermão, e sim uma parte orgânica dele, ou seja, completa a forma e o efeito do mesmo.
c)    É a reunião das várias idéias e impressões da mensagem para um impacto final sobre o espírito e as emoções dos ouvintes.
d)    Como parte vital do sermão, deve ser cuidadosamente preparada.
e)    Deve adaptar-se perfeitamente com o Corpo do sermão.
7.    Princípios básicos para o preparo da Conclusão:
a)  A conclusão deve ter uma finalização natural e apropriada ao sermão como um todo. Por isso, deve-se evitar toda e qualquer matéria nova ou estranha.
b)  Deve ser pessoal. A pregação é o encontro, ou combate pessoal, homem com outros homens. Ele é o mensageiro de Deus, e nesta posição suplica, exorta, persuade, aconselha, guia, desafia e convida.
c)  Deve ser viva e enérgica. Uma reprodução forte e vivida do pensamento principal do sermão, como pregos bem cravados no coração de cada ouvinte.
d)  Deve ser precisa, definida e clara nos pensamentos e na expressão. Se há uma parte do sermão que exija maior clareza e conselhos definidos e objetivos, é justamente a conclusão.
8.    Formas de Conclusão:
a)  Recapitulação - Não basta repetir as divisões, é necessário revivê-las. Este método é próprio para iniciantes.
b)  Aplicação Prática - É a indicação daquilo em que a verdade pregada afeta a vida dos ouvintes, de modo particular ou de algum ponto especial.
c)  Apelo Direto - O pregador dirige-se individualmente ao ouvinte.
d)  Ilustração - E uma maneira muito atrativa de terminar uma mensagem
e)  Sentença Final - Uma sentença forte e tocante.
f)    Poética - Poesias, hinos, etc.
9.    Características de uma boa Conclusão:
a)  Amorosa - Toda conclusão deve ser feita em tom de ternura e amor, nos gestos, nas palavras e na voz.
b)  Segura - Sem desculpas ou tropeços.
c)  Sincera - Sem piadas ou gracejos de mau gosto.
d)  Positiva - Deve acentuar o positivo, mesmo que o sermão tenha tratado do negativo.
e)  Breve - Deve evitar, contudo, a precipitação.
f)    Simples e compreensível.
g)  Pessoal - Sem ser egoísta ou exibicionista.
7)    O APELO - O apelo não faz parte propriamente do sermão, porém, é um convite ao ouvinte a aceitar e decidir em favor do que foi apresentado na pregação.
8)  ILUSTRAÇÕES:
1.  A ilustração ajuda na exposição tornando claro e evidente as verdades da Palavra de Deus.
2.    A ilustração atrai a atenção, quebrando assim a monotonia, e faz com que a mensagem seja gravada nos corações com mais facilidade.
3.    Ajudam o povo a entender e a não esquecer certas verdades apresentadas no sermão.
4.    Uma boa ilustração nunca será esquecida. Depois de algum tempo, a única coisa que se lembrarão dos sermões pregados, serão as ilustrações.
5.    Uma boa ilustração assemelha-se a uma luz que se acende ou uma janela que se abre em um quarto escuro, permitindo assim, a entrada de luz.
6.    As ilustrações também ajudam na ornamentação do sermão tornando-o mais atraente, porém o pregador deve ter o cuidado de não ficar o tempo todo contando "histórias".


AULAS DE HOMILÉTICA – O CORRETO USO DA VOZ
INTRODUÇÃO:
A.  PREGAR SIGNIFICA TRANSMITIR A PALAVRA DE DEUS DE UMA MANEIRA TÃO CLARA E NÍTIDA, QUE TODOS POSSAM OUVIR E ENTENDER.
B.  EXISTEM DOIS CANAIS QUE DÃO SUPORTE A ENTENDIMENTO DO SERMÃO:
1)  O PODER DE DEUS – João 16:13 - Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir.
2)  E A CAPACIDADE ESFORÇO DO PREGADOR - Romanos 12:7b. - Ou o que ensina esmere-se no fazê-lo;
C. UM DOS ASPECTOS MAIS IMPORTANTE PARA A BOA COMUNICAÇÃO DA PALAVRA DE DEUS É O CORRETO USO DA VOZ:
D. O QUE É A VOZ?
1)  A VOZ É O PRINCIPAL VEÍCULO DA COMUNICAÇÃO VERBAL.
2)  É COM O USO DA VOZ QUE O PENSAMENTO DO PREGADOR É CAPTADO PELOS OUVINTES.
I. OS PODERES DA VOZ – SÃO QUATRO OS PODERES DA VOZ:
A.   COMPASSO – OU EXTENSÃO DO TOM.
B.   VOLUME – QUANTIDADE DE TOM.
C.   PENTETRAÇÃO – QUE DESCREVE A DISTÂNCIA ONDE A VOZ PODE SER OUVIDA.
D.   E MELODIA – OU DOÇURA DO TOM – A VOZ DO PREGADOR DEVE SER AGRADÁVEL AO POVO.
II. OS REGISTROS DA VOZ – SÃO TRÊS:  BAIXO, MÉDIO E ALTO:
A.  BAIXO – USADO PARA EXPRIMIR TRISTEZA, SOLENIDADE, REVERÊNCIA.
B.   MÉDIO – É O QUE USAMOS NORMALMENTE PARA CONVERSAR; E O QUE DEVE SER USADO PARA PREGAR.
C.   E ALTO – É O QUE USAMOS PARA DEMONSTRAR REGOZIJO, TRIUNFO, DESAFIO E SÚPLICA.
III. O USO DOS REGISTROS DE VOZ:
A.  PODEMOS PERCEBER O SEU USO NO COTIDIANO DE TODAS AS PESSOAS, NATURALMENTE A VOZ MUDA DE TOM DE ACORDO A EXPERIÊNCIA VIVIDA OU NARRADA:
1)    MEDO.
2)    ANSIEDADE.
3)    ALEGRIA.
4)    TRISTEZA.
5)    APREENSÃO.
6)    DESCONTRAÇÃO.
7)    SERIEDADE.
B.  PODEMOS DIZER QUE A VOZ SERVE PARA EXPRIMIR AQUILO QUE SE DESEJA IMPRIMIR OU GRAVAR NA MENTE DOS OUVINTES.
C. ASSIM, DEVE O PREGADOR VARIAR A SUA VOZ DE ACORDO COM O ASSUNTO QUE ESTÁ PREGANDO OU NARRANDO – EXEMPLOS DE ASSUNTOS:
1)    A CONDENAÇÃO AO INFERNO
2)    A SALVAÇÃO
3)    A SANTIDADE DE DEUS
4)    A PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO
5)    A PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO
6)    O DESAFIO DE DAVI CONTRA GOLIAS.
7)    DANIEL NA COVA DOS LEÕES
8)    O PERIGO DOS FALSOS PROFETAS.
9)    A MORTE DE JESUS.
10)         A RESSURREIÇÃO DE JESUS.
IV. ALGUNS EXEMPLOS DO MAU USO DA VOZ:
A.   O RESMUNGADOR: PESSOA QUE FALA COM A BOCA FECHADA E DENTES CERRADOS.
B.   O GRITADOR: TODO VOLUME DA VOZ É UTILIZADO.
C.   O CANTAROLADOR: FALA COMO SE ESTIVESSE CANTANDO.
D.   O MONÓTONO: FALA EM UMA SÓ TONALIDADE E ACABA PROVOCANDO SONOLÊNCIA NOS OUVINTES.
E.   O FANHOSO: O ORADOR FALA PELO NARIZ.
F.    O PIGARREADOR: O PREGADOR SEMPRE QUE FALA LIMPA A GARGANTA.
G.  O REPETIDOR – REPETE SUAS PALAVRAS UM SEM NÚEMRO DE VEZES, COMO SE O POVO FOSSE SURDOS OU RETARDADOS.
H.   O QUE DEIXA A VOZ SUMIR – ESTE PREGADOR COMEÇA A FALAR UMA SETENÇA NUM TOM AUDÍVEL, MAS VAI ABAIXANDO A VOZ, DE TAL MENEIRA QUE NINGUEM CONSEGUE ENTENDER O ÚLTMO SUSSURRO.

V. A VOZ E A LINGUAGEM DO PREGADOR DEVEM SER:
A.   SIMPLES.
B.   GRAMATICALMENTE CORRETA – CUIDADO COM O USO DO PLURAL, DOS VERBOS E DA CONCORDÂNCIA NOMINAL.
C.   VIGOROSA E SEGURA, MAS NÃO ARROGANTE.
D.   CORRETAMENTE PRONUNCIADA – FALAR AS PALAVRAS CORRETAMENTE.
E.   CUIDADO ESPECIAL DEVE SER TOMADO PARA SE EVITAR OS “VÍCIOS DE LINGUAGEM”: “NÉ”...